Quando Jesus e a Igreja fala
sobre perdão, eu fico pensando “se não perdoamos o nosso semelhante, como
conseguiremos viver em paz? Como conseguiremos dizer que somos felizes?”
Pois,
quando eu sinto raiva de qualquer pessoa a minha felicidade se esvazia em minha
alma e começo a não me sentir bem. Posso sorrir diante de outras pessoas, mas
quando me deparo com quem me fez mal ou se alguma situação me faz lembrar desse
episódio ruim, não consigo mais encontrar a paz que tanto busco e necessito
vivenciar.
Desta
forma, não consigo pensar em outra maneira de encontrar a felicidade a não ser
perdoar o meu semelhante. Não será nas drogas, no álcool, nas baladas, no sexo
desenfreado ou trocando de religião que a encontrarei. É conditio sine qua non a
prática do perdão deixada por nosso senhor Jesus Cristo. Como acreditamos nele,
quem somos nós para aceitar passivamente nossa condição humana de continuar a
viver com raiva e intrigas? Como posso ir à Igreja receber o corpo e o sangue
de Cristo, mas não ter a capacidade de perdoar o meu irmão? Será que quando eu
vou às missas não estou cantando o Ato Penitencial só da boca para fora?
Precisamos
refletir sobre isto, assumir a nossa cristandade e construir um mundo de paz
para nossos irmãos e para nós mesmos. Principalmente, neste momento de quaresma
é fundamental praticarmos os mandamentos de Cristo, e um deles é
a prática do perdão.
Abraços e paz.